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Entre ativismo, polêmicas e a COP 27, mudanças climáticas seguem em pauta

À medida que o mundo fica mais quente, o clima está se tornando mais extremo. O último verão foi um dos mais quentes já registrados, e as ondas de calor estão se tornando mais comuns. Ao mesmo tempo, estamos vendo mais inundações, incêndios florestais e furacões. Os cientistas provam que a mudança climática é real, e só vai piorar. Neste artigo, veremos como o tema está sendo discutido, como ele afeta nossas vidas e o que podemos fazer a respeito.



Recentemente algumas ações e protestos levantaram questões sobre o uso de combustíveis fósseis, como o petróleo, em detrimento do planeta. As ações foram organizadas pela Just Stop Oil e levantou muitas polêmicas que foram além da questão principal do protesto.


Nos últimos meses, ativistas de todo o mundo têm se posicionado em frente as molduras e coberturas de vidro das obras de arte e de alguma forma estão trazendo o debate sobre combustíveis fósseis através de ações polêmicas. Mas ao mesmo tempo outros debates, como o respeito às obras de arte, estão entrando em atrito com o que deveria ser a verdadeira mensagem de cada ato.


No início de outubro, ativistas da Just Stop Oil jogaram sopa no quadro “Girassóis”, de Vincent van Gogh, na Galeria Nacional em Londres. E dias depois, ativistas climáticos atacaram a “Garota com Brinco de Pérola”, de Johannes Vermeer, em um museu em Haia, na Holanda, com um homem colando a cabeça na cobertura de vidro e outro afixando a mão em uma área fora da moldura.


As obras são protegidas por películas de vidro, mas o ato como um todo chocou o público e colocou a pauta do petróleo na mesa, às vésperas da COP 27, que ocorre no Egito esse ano. Em outro protesto na semana passada, dois manifestantes foram presos depois de

pulverizar com tinta laranja a concessionárias de empresas como HR Owen Bugatti, Jack Barclay Bentley, Bentley Motor Cars London e Ferrari Mayfair, no centro de Londres.



Apesar das polêmicas sobre a origem do grupo e se as ações foram realmente positivas para o movimento, seja no ativismo ou na conferência entre líderes de governos, a urgência climática é o tema central e as discussões diante do aquecimento global precisam continuar em destaque.


Quando países membros da ONU se comprometeram com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em 2015, pela primeira vez, todos os estados membros declararam que tinham a responsabilidade coletiva de acabar com a pobreza e proteger o meio ambiente, globalmente e em seu próprio território.


Anos depois e com a Agenda 2030 mais próxima do fim, os ODS ainda são uma parte pequena no orçamento de países de alta renda. Líderes mundiais há muito tempo relutam em aceitar o caso de trabalhar juntos para o desenvolvimento sustentável. Neste exato momento ocorre uma guerra entre Rússia e Ucrânia, que envolve outros países membros e atrasa ainda mais as metas


Especialmente nos países mais ricos, acabar com a pobreza foi amplamente visto por muitos líderes como uma questão de ajuda internacional, já países de baixa e média renda consideraram a proteção ambiental como um obstáculo ao seu desenvolvimento. Temos então uma balança a ser equilibrada nesse contexto urgente.


Ainda sobre o aquecimento global


O aquecimento global é o aumento das temperaturas médias da Terra. Isso pode ser causado pela elevação da quantidade de gases de efeito estufa na atmosfera, que impedem a saída do calor para o espaço. As principais fontes de gases de efeito estufa são as queimadas de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural) para produzir energia, assim como as atividades agrícolas e industriais.


As mudanças climáticas referem-se às alterações nas temperaturas médias globais, nos padrões de chuva, na pureza do ar e na frequência e intensidade dos eventos climáticos extremos. Elas podem ser causadas pelo aquecimento global, mas também por outros fatores, como a erosão do ozônio na camada superior da atmosfera.



Esse aumento das emissões de gases de efeito estufa, que agem como uma espécie de cobertura para o planeta reter o calor do Sol, geram formas de agressão ao clima da Terra, ou seja, geram uma inversão negativa nas mudanças climáticas.


O aquecimento global tem vários impactos negativos nas nossas vidas. Alguns dos principais problemas causados são: o aumento da frequência e intensidade das chuvas, o aumento do nível dos oceanos devido à expansão térmica e à fusão dos glaciares, destruição de habitats naturais, redução da disponibilidade de água potável e alimentos, entre outros.


A causa continua presente.


Os Gases de Efeito Estufa (GEE), causadores do aquecimento global, são emitidos pelas atividades humanas, como queima de combustíveis fósseis e desmatamento. Quando os GEE são liberados na atmosfera, eles agem como uma capa, permitindo que a radiação solar entre na Terra, mas impedindo que a radiação seja refletida de volta para o espaço. Isso leva a um aumento da temperatura média da Terra.


As temperaturas mais altas estão provocando eventos extremos do tempo, como ondas de calor, secas e inundações. Isso está afetando diretamente a segurança alimentar, pois as plantações estão sendo afetadas pelos eventos climáticos extremos. Os GEE também estão reduzindo a capacidade do planeta de reter o gás oxigênio, o que pode causar danos aos seres humanos, animais e plantas.


E há quem duvide


Como nem todo mundo tem a mesma opinião e somos feitos de ideias divergentes, no caso do aquecimento global e a urgência climática, ainda há muitas pessoas, instituições e governos que negam sua existência. Porém, um corpo significativo de pesquisas prova ao mundo que a mudança climática é real.


No ano passado, o Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC) divulgou um relatório, compilado por 200 cientistas e aprovado por 195 governos, alertando que o aumento das temperaturas é uma “ameaça imediata”.


Ele vinculou a dependência de combustíveis fósseis e os gases de efeito estufa resultantes a condições climáticas extremas, como incêndios florestais, secas e inundações. O IPCC vem compilando relatórios dessa natureza desde a década de 1990.


Em um exemplo prático, em julho, Londres registrou altas de 40° C pela primeira vez na história, provocando um alerta de perigo à vida do Met Office do país. Em agosto, a China experimentou a pior onda de calor da história, que trouxe 70 dias de calor de 40°C. E no primeiro semestre de 2022, uma seca severa na Somália deixou cerca de 500.000 pessoas deslocadas.


Como podemos evitar ou reverter o aquecimento global?

Prevenir o aquecimento global é crucial para evitar as consequências catastróficas das mudanças climáticas. Mas como podemos fazer isso?


Uma das maneiras mais eficazes de evitar o aquecimento global é reduzir as emissões de gases do efeito estufa. Isso pode ser feito diminuindo o uso de combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, que liberam dióxido de carbono quando queimados. Aumentar a eficiência energética também pode reduzir as emissões, assim como investir em energias renováveis ​​como a solar e a eólica.


Outra forma de evitar o aquecimento global é proteger as florestas, que são importantes reservatórios de carbono. Promover a reflorestação e regeneração da natureza, manter as florestas intactas pode compensar parcialmente as emissões de gases do efeito estufa. Além disso, reduzir o desmatamento ilegal é crucial para preservar o meio ambiente.


A agricultura também pode auxiliar na redução da emissão de gases do efeito estufa. A utilização de técnicas de agricultura sustentável, como a agricultura de baixo carbono, a agrofloresta pode ajudar a reduzir as emissões de carbono.


Outra maneira de evitar o aquecimento global é reduzir o consumo de energia. Reduzindo a demanda de energia, também se reduz a quantidade de combustíveis fósseis queimados, o que consequentemente diminui as emissões de gases do efeito estufa.


A economia de energia pode ser alcançada através da redução do consumo de energia elétrica, aumentando a eficiência energética e utilizando fontes renováveis. A substituição de produtos e processos energéticos intensivos em carbono por outros menos intensivos em carbono também pode contribuir significativamente para a economia de energia.


Plataforma do Path traz conteúdos para regenerar o planeta


Na plataforma de streaming do Path disponibilizamos conteúdos exclusivos e transformadores com ideias e soluções inovadoras para a sociedade e a regeneração do planeta. A maioria dos temas é baseada nos 17 ODS e estão em sintonia com os debates que ocorrerão na COP 27 esse ano. Você pode acessar qualquer um desses conteúdos através do endereço "ondemand.festivalpath.com.br" .


Na plataforma separamos cada uma das palestras e conversas de convidados que passaram pelo Path através dos ODS. Procure no menu uma das 17 metas e encontre diversos conteúdos à respeito do tema escolhido. Além disso, disponibilizamos documentários originais sobre temas ligados à sustentabilidade, agroflorestas, arte, cultura e preservação.


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