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Path Originals: protagonismo de Vanda Ortega no Parque das Tribos

Documentário no Path destaca o protagonismo das mulheres indígenas que lideraram as frentes de resistência à Pandemia de COVID-19 no país. Conheça Vanda Ortega, enfermeira, pedagoga e líder indígena que promoveu ações e soluções para sua comunidade no Parque das Tribos, em Manaus, através de ferramentas digitais e da informação.


Desde o início da pandemia de COVID-19, as populações indígenas têm enfrentado muitos desafios. Muitas vezes em áreas isoladas, essas comunidades tiveram pouco acesso a serviços de saúde, e estão entre as mais afetadas pelo vírus.


Além disso, o isolamento social é muito difícil de implementar em comunidades indígenas, onde as pessoas vivem em grandes famílias e há muitas atividades coletivas. O resultado é que as populações indígenas têm um risco maior de contrair o vírus e de desenvolver formas graves da doença.


De acordo com dados levantados nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) e, validados pelo Departamento de Atenção à Saúde Indígena (DASI), ocorreram cerca de 928 óbitos de dentro de 69500 casos de Coronavírus em populações indígenas.


Protagonismo da mulher indígena no cotidiano pandêmico


Diante destes problemas, algumas lideranças indígenas foram protagonistas no trabalho de contenção da pandemia e no auxílio dessas populações. Na maioria dos casos, estas frentes foram lideradas por mulheres, como Vanda Ortega, que se tornou um símbolo da luta contra a COVID-19, salvando vidas em sua comunidade Parque das Tribos, na capital amazonense.


A enfermeira e finalista do curso de pedagogia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), também é destaque do mais novo documentário que estreia essa semana na plataforma digital do Path. O filme mostra um pouco de sua rotina no Parque das Tribos e como ela tem se conectado com o mundo e compartilhado sua experiência através das ferramentas digitais.


Como a própria Vanda diz, o celular, internet e computador são agora os arcos e as flechas dos povos indígenas, colaborando em diversos campos de luta e resistência. Através de aulas online com outros especialistas, participações em eventos pela web, Vanda está possibilitando a abertura de uma janela para a realidade de muitos dos povos que estavam sendo invisibilizados no início da pandemia e consequentemente sofrendo com a falta de informação sobre o vírus.



Uma das iniciativas de Vanda neste cenário pandêmico com muitas pessoas circulando normalmente em meio ao vírus se aglomerando nas aldeias, foi a de produzir vídeos informativos e espalhar em grupos da comunidade, informando a necessidade de se prevenir.


Logo ela contou com a ajuda de amigos e lideranças do Parque das Tribos que espalharam sua mensagem por todas as comunidades. Outra atitude de urgência promovida por Vanda foi a de reunir suas habilidades de costura junto a outras moradoras da região e confeccionar máscaras para a população utilizar.


Vanda foi uma das diversas lideranças indígenas no Brasil que decidiram buscar representar seu povo e as pautas dessa população nas eleições deste ano. Apesar da tentativa, ela não conseguiu os votos necessários e entra para um número preocupante de inviabilização das mulheres na Câmara dos Deputados. A bancada do Amazonas, na Câmara Federal, não contará com nenhuma mulher nos próximos quatro anos, todos os candidatos eleitos são homens.


Resistência coletiva do Parque das Tribos


Lideranças como Vanda Ortega estão agindo para contrariar estatísticas e viabilizar o acesso de aldeias e a população indígena a outros meios de ação e participação cidadã, que não seja apenas os meios tradicionais.


Um exemplo é o próprio Parque das Tribos, que reúne 700 famílias de 35 etnias, em Manaus. A comunidade é comandada pela cacica Lutana Kokama e tem, além de Vanda Ortega ao seu lado, outras mulheres atuam na educação, nas artes e na saúde colaborando com o resgate de suas identidades e fortalecimento de sua cultura antepassada na metrópole amazônica


“Nós sempre vivemos dentro de um trânsito entre vários espaços desta florestas, em rios que nos levam para vários lugares, também é um lugar que hoje é concretado, mas sempre foi um território ancestral, onde caminharam nossas descendências.”, conta Vanda para o Path.


Assista no Path


O doc pode ser assistido de forma gratuita em ondemand.festivalpath.com.br . Além desse documentário é possível encontrar outros conteúdos exclusivos do Path, com histórias inspiradoras. A educação, sustentabilidade e inovação, são alguns dos temas que podem ser encontrados em mais de 70 horas de conteúdo.



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