Recordar é viver: de 2013 pra cá, muita gente já passou pelos palcos da Cidade Path - e muitos antes de bombar pelo país!
Por Carla Furtado
Todo mundo já sabe do turbilhão de conteúdo que é o Festival Path, evento de inovação e criatividade que acontece anualmente em São Paulo. Mas hoje bateu saudade do momento mais descontraído do evento: os shows.
Já foram seis edições do Path e ao total quase 100 bandas e artistas que se apresentaram! Alguns deles ainda desconhecidos ao grande público na época, e hoje figurinhas do mainstream. Como o Instagram ditou que quinta-feira é dia de recordação, vamos aproveitar e entrar nesse breve túnel do tempo!
2013foi a primeira edição do Festival Path, ainda minúsculo e um ponto fora da curva entre os eventos do país. Palestras e shows se amontoaram na já extinta Escola São Paulo, ali na Rua Augusta, e foi lá mesmo que se apresentaram Mariana Aydar, Lia Paris, Guy Buttery e Tiê, que na época estava com o repertório de seu segundo disco "A Coruja e o Coração". Hoje ela já está no seu quarto trabalho lançado!
2014: um segundo passo foi dado e, além da Escola São Paulo, o Festival também ocupou o MIS, onde rolou a mostra de filmes. Os shows continuaram na Escola São Paulo, onde todo mundo se apertava para curtir a onda intimista das apresentações que fechavam um dia intenso de trocas e palestras. O line up continuaria de peso se fosse hoje: Brothers of Brazil, Metá Metá, Dani Black, Felipe Cordeiro e a extinta dupla B.Grey, formada por Saulo Roston e Phil Batista. Em 2018, Saulo voltou ao palco (já bem maior) do Festival Path, dessa vez para participar do show de sua irmã, Sarah Roston!
2015 foi o ano da revolução: o Festival Path mudou-se para Pinheiros e ampliou um tanto seu espaço! Dessa vez ocupou o Instituto Tomie Ohtake e vários pontos ao seu redor. Os shows passaram a acontecer no Estúdio, com co-curadoria da YBmusic, e na Praça dos Omaguás, com co-curadoria do projeto StreetMusicMap, que mapeia músicos de rua. O line up do Estúdio foi formado por três blocos: indie rock (com Inky, Holger e Duda Brack), minas do rap (Xênia França, da banda Aláfia, em uma de suas primeiras apresentações solo, Tássia Reis e Lurdez da Luz), e música paraense (Saulo Duarte e a Unidade e a musa do brega Gaby Amarantos). O fechamento foi em ritmo carnavalesco, com A Charanga do França. Um dia inesquecível!
Olha, aqui em cima, que linda a Gaby Amarantos chegando no Path para um feat de respeito: com a banda Saulo Duarte e a Unidade!
2016aconteceu uma explosão musical no Festival Path! Foram 3 palcos: no Estúdio, na Praça dos Omaguás e na Praça Professor Resende Puech. Música pulsando por todos os cantos de Pinheiros! Baleia e O Terno, entre outros, lotaram a Praça Professor Resende Puech de rostos iluminados, olha como ela ficou cheia de calor:
O Grande Grupo Viajante, Kick Bucket, e mais garimpos do StreetMusicMapmostraram o melhor da música de rua na Praça dos Omaguás. O palco do Estúdio foi puro glamour com os shows de Karol Conka, Mahmundi, Rico Dalassam, um dos últimos shows da banda Letuce, antes da vocalista Letícia explodir com seu projeto Letrux, e As Bahias e a Cozinha Mineira lá no comecinho da carreira - só para falar dos destaques! Foi tão especial que o Canal Bis produziu um documentário, que você pode assistir neste link.
2017, quinta edição do Path, foi quando convidamos o público a realmente abrir os ouvidos ao novo. Trouxemos apostas da cena contemporânea que sabíamos que tinham tudo a ver com o público do Path, ainda que não estivessem explodindo de visualizações pelas redes sociais. Foi o ano em que Diego Moraes, da banda Não Recomendados, lançou seu primeiro álbum solo, numa festa encerrada por Black Albino no Centro Cultural Rio Verde; Jairo Pereira, da banda Aláfia, apresentou seu projeto Alpiste de Gente, que hoje se tornou Mutum, ali na Praça dos Omaguás, onde também tocaram Rafael Castro, Anna Tréa, Papisa… Foi nesta edição também que inauguramos oficialmente o palco da cobertura do prédio do Instituto Tomie Oktahe! Por lá passaram Terno Rei, LaBaq, Josi Lopes e mais revelações imperdíveis.
2018, enfim a sexta e maior edição do Festival Path, foi a que democratizou totalmente a área musical com todos os palcos gratuitos e ainda umas baladas de brinde para não deixar ninguém parado. Batekoo, All Stars PratoDoDia e Gaymada foram as festas escolhidas para agitar o Largo da Batata. A casa de shows Bona entrou no circuito da Cidade Path com uma apresentação pra lá de especial: Otto cantando Martinho da Vila, uma homenagem ao disco "Canta Canta, Minha Gente".
Em 2018 foi também a primeira vez que a cobertura atingiu sua lotação máxima!
O culpado: Rubel, músico carioca que arrastou uma legião de fãs fiéis para assistir seu show na noite mais fria do ano em São Paulo. Pelo palco da cobertura também passaram as bandas Plutão Já Foi Planeta, Tagua Tagua, Luiza Lian, Tono, Castello Branco, Mari Romano, Pássaro Vadio, além da DJ Marem que fechou as duas noites por ali.
A Praça dos Omaguás, queridinha do Festival, ganhou um super upgrade e o palco principal do Path. Por ali passaram em média 9 mil pessoas no fim de semana que curtiram os shows de Luedji Luna, Tassia Holsbach, Coutto Orquestra, Qinho tocando Marina Lima, Cauê, Caio Prado, Sarah Roston, Giovani Cidreira…
…e a invasão paraense formada por Lucas Estrela, Juliana Sininbú e a fofíssima e envolvente Dona Onete, musa do carimbó que o Átomo perfilou neste artigo. Nas participações paraenses, ainda tiveram as cantoras Luê e Aíla. Sem contar o Saulo no show da irmã Sarah, que já mencionamos. Quem não deixou a peteca cair entre os intervalos foi o DJ Pilha.
Comments